Histórias... O porquê de amar tanto meu trabalho

Você se lembra de muitas coisas da sua infância? De como eram suas expressões para os seus vários sentimentos, de como seus pais te olhavam, te davam carinho, cuidavam de você? De como você se relacionava com as pessoas da sua família?  

Você se lembra do quanto seus pais pareciam, às vezes, se multiplicarem ou até se transformarem em polvos, com vários braços, para dar conta de tantas tarefas? E, o mais importante, de que davam conta, mesmo que aos trancos e barrancos, porque eram movidos por um amor sem explicação que os faziam superar qualquer cansaço ou desânimo?

Pois é, muitas lembranças se perdem desta época tão rica, cheia de aprendizado e na qual nossos pilares se formam.

O meu pai era o único da família que tinha uma câmera e gostava de nos fotografar. Algumas vezes, ele fazia fotos de flagrantes da gente, sem que percebêssemos. Na época, não dávamos muito valor a elas porque não estávamos "arrumados para as fotos"! Hoje, no entanto, vejo que são justamente essas as fotos que mais nos permitem resgatar as nossas memórias, pois contam sempre alguma história. Quando as vemos, sempre rimos, lembramos do que aconteceu e de algumas coisas a mais daquela época. Ahh... como adoro essas fotos! Pena que estão em menor número! Gostaria muito de ter mais delas para relembrar de mais histórias!

Quando conheci, então, essa nova maneira de registrar a família, de forma documental, captando, sem interferência, tudo o que acontece entre eles ao longo de um dia, logo me lembrei dessas poucas fotos de flagrantes que meu pai fazia e me apaixonei! Um registro profissional, bem feito, e ao mesmo tempo tão familiar, tão verdadeiro! Um registro que vai muito além do que apenas retratar pessoas e lugares! Pensei... Meu Deus!! Quanta riqueza é poder deixar para as famílias suas histórias registradas. Não deixar que escapem de suas memórias vivências tão lindas e importantes. Deixar para sempre registros de suas gargalhadas, das brincadeiras, dos olhares, dos cuidados e até mesmo das birras e brigas que mostram tanto do nosso aprendizado em como enfrentar o mundo, a construção do nosso caráter. Um registro das relações, dos sentimentos.

Alguns dirão: mas fotos caseiras eu mesma posso fazer! Mas pense, ao fazer a foto você estará realmente envolvido, entregue, participando daquele momento? É sobre isso que falo: o gostoso de ter como lembrança o real envolvimento entre vocês. E para captar tanta história, precisa-se de tempo, de um contato maior. Por isso, quando o faço, recomendo passar um dia ou boa parte dele com a família. Só assim poderei ter a oportunidade de captar a vasta gama das reações e relações que os envolvem e os representam. E o resultado... ahhh.... uma lembrança valiosa, emocionante, completamente recheada de sensações e emoções.

O mais legal é que todo o processo é tão leve, tão natural, que a família em pouco tempo nem percebe mais a presença do profissional como alguém estranho no ambiente. Aí se soltam, focam em si mesmos e o resultado é muito verdadeiro.  

E quem não gosta de histórias? Imaginem poder ver e resgatar suas próprias histórias, suas próprias essências! 

Por isso, digo tanto: devemos deixar de lado a crença de que só se deve contratar um profissional para as datas comemorativas por acreditarem serem únicas. Afinal, o que acontece hoje numa família também não é único? Muitas das coisas que seu filho faz hoje irão se repetir daqui a algum tempo? Muitas delas não!  As crianças crescem, se modificam, amadurecem. Nós, pais, também envelhecemos e mudamos de hábitos. A fotografia documental permite, com muito mais riqueza, que todo esse processo possa ser lembrado, por quantas vezes quiserem, para matar a saudade. E os seus filhos terão guardado para sempre o carinho e a dedicação de vocês, pais.

Me digam, como não se apaixonar por este trabalho?

Olha que legal:

No dia em que estava preparando este texto li uma matéria sobre o trabalho do antigo professor da Universidade Harvard, Tal Ben-Shahar. O tema de seu estudo, que já dura anos e que fez com que suas aulas fossem uma das mais concorridas é a "felicidade". Resolvi colocar aqui dois trechos de entrevistas que ele fez por achar bastante pertinente a tudo que me referi acima:

1) "A primeira lição que dou na minha aula é que nós precisamos nos conceder a permissão de sermos seres humanos."  

2) "A base da saúde mental – aceitar as experiências dolorosas bem como as alegres. Abrace as suas emoções, não apenas as positivas como alegria ou entusiasmo, mas também emoções como raiva, medo ou tristeza. Não tente rejeitar ou fugir destas emoções. Esperar ser feliz em todos os momentos é algo irrealista e definitivamente impossível – o que apenas irá conduzi a desilusão e maior infelicidade. O perfeccionismo não traz felicidade. Todo o ser humano comete erros e tem gestos negativos; por conseguinte o fato de se permitir ser humano(a) implica viver numa realidade, ao mesmo tempo que encontra a sua própria beleza na dor e na alegria." 

Ao ler a matéria vi como o registro da família ao longo de um dia, em meio ao seu cotidiano, às suas dificuldades, ao caos caseiro, ao seu amor, enfim, do jeitinho que ela é, mostra bem isso e permite que as crianças aprendam com isso! Saber que ninguém precisa ser perfeito, saber que ninguém é feliz de forma integral é algo super natural! Somos complexos, somos uma mistura de vários sentimentos. E é isso que essa forma documental oferece, mostrar como realmente somos, com todas as nossas imperfeições, mas no final ver o quanto isso é belo!

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Fotografe um dia de sua vida, você também pode ter um registro assim de sua família! 

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